terça-feira, 29 de junho de 2010

A queda das máscaras sociais.

Imagine um baile de máscaras, alta sociedade da cidade se mistura á agitação de vinhos e guloseimas, danças folclóricas e muita sofisticação. Todos estão muito bem aparentemente se divertem com muita alegria. Agora imagine nossa sociedade aparentemente elegante com discursos e métodos os mesmos de hoje em dia, imagine... Imagine. Poderíamos enxergar tristeza, solidão, vazio e dor? Tantas pessoas, afinal. Há possibilidade de haver falsidade? tudo é tão cortez. Tudo é tão correto, circunspeto, certinho, existe hora pra tudo, todos falam, muitos ouvem outros governam uns são governados, não é estranho? É tudo tão apropriado. Imaginemos agora essas pessoas individualmente em seus lares, quem são essas pessoas que vestem uma máscara para ir ao baile da vida? O bom moço, o pai de família, a dona de casa, o empresário bem-sucedido. Quem são esses atores sociais que vestem uma máscara á noite e outra no setor de trabalho, veste a máscara do bom homem, pai de família, da mulher bem sucedida e até mesmo do professor, do profissional liberal, intelectual, quem somos nós além das máscaras; ou melhor, quem somos nós afinal de contas? Quando a máscara cai não há mais rosto, há sempre outra máscara, perdemos a identidade, não que ter identidade seja algo em demasia vantajoso,não! não verso sobre essa questão. A aporia é justamente não saber quem realmente somos, qual personagem encenamos sob qual crivo ou doença comportamental a civilização perpassa. O homem contemporâneo é um homem mascarado,doente, medíocre. Interpretamos a vida como atores coadjuvantes de nossa própria comédia, uma comédia trágica por sinal, a grande tragédia de não saber quem realmente somos. Criamos a doença e seu antídoto. Usar uma vestimenta diferente a cada dia, ir ao shopping center e comprar até saciar nosso labor violento e sede de sangue, ir a caça nas chamadas noites badaladas em troca de sexo, dinheiro poder e violência, vestimos a mascára do primata selvagem e do bom filho, moralista por vezes, será que somos realmente doentes ou dementes? O que será que realmente somos? By: Hugo Neto. Filósofo.

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