quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Karl Marx - Relato de cinco Aulas trabalhadas em sala de aula.























Das primeiras comunidades ás sociedades civilizadas, as relações sociais sofreram grandes mudanças. Nas primeiras comunidades, as relações sociais baseavam-se nos laços de parentesco, nos usos e costumes comuns, na cooperação entre os membros do grupo. O alimento a terra, o rebanho compunham propriedades coletivas da comunidade.
Nas sociedades civilizadas, quase todos esses elementos se modificaram. A cooperação foi substituída pela competição social, surgindo a propriedade privada da terra e de outros bens. O acúmulo desigual de bens materiais pelos indivíduos passou a diferenciar as pessoas, surgindo então a relação de poder entre ricos e pobres. Criou-se o estado governado por uma minoria, detentora dos poderes econômicos (riqueza) – político (força) e ideológico – (saber). Segundo WEFFORT:
A junta administrativa de uma classe dominante para que a sociedade burguesa seja preservada e, mais que isso, cumpra as leis do seu desenvolvimento, parece necessário que o estado ganhe autonomia sobre a própria classe dominante. A burguesia se beneficia do estado e não é mais ela quem governa. Ela entrega sua autonomia em troca da preservação de sua propriedade e de sua capacidade de enriquecimento. [1]
De acordo com Weffort, ao relfetir sobre o pensamento marxiano, o estado serve a burguesia justamente por que preserva os seus interesses. Por conta dessa afirmação podemos destacar a crítica de Marx aos aparelhos ideológicos da sociedade capitalista, uma vez que o estado tem interesses comuns aos interesses da burguesia. Os magistrados os representantes legais e a própria constituição do estado, assim como a educação e a religião, são para Marx, os alicerces de uma infraestrutura que determina a consciência de uma sociedade. Por esse aspecto estudamos Marx, levando em consideração a analise e a concepção histórica de determinada sociedade em determinado tempo.
A atualidade de Marx em pleno século XXI é muito grande. Embora seja uma influência um tanto acadêmica e subsidiária das contradições sociais no terceiro mundo, principalmente, nos países mais pobres da América latina. Muitas das vezes exacerbando discursos não condizentes com a realidade. As teorias marxianas foram revisadas e reformadas ao longo do século XX pelo que se costuma chamar como jargão de marxismo. Todavia dentre as numerosas contribuições por Marx e contra Marx da-se na preponderante crítica ao capitalismo e suas facetas. Se algum pensador um dia chegou perto o suficiente de uma crítica quase que profética sobre o capitalismo, tanto em seu caráter epistemológico, antropológico e econômico, esse pensador foi Marx. Nosso artigo aponta para observação que; embora com erros e acertos, todo pensador, deixa seu legado, pelo qual pode ser negado, adorado ou reinventado. Não foi diferente com Marx. Um intelecutal que não fugiu ao seu tempo, simplesmente pensou e agiu de acordo com seu terreno histórico e pagou um alto preço por isso. Para concluir WEFFORT destaca a atualidade de Marx:
A influência da obra de Marx na política do século XX é evidente. O que não impede que continuem no interior do marxismo e fora dele, os debates a propósito de sua adequação aos tempos atuais. São questões não apenas difíceis de resolver, mas que aparecem com freqüência, marcadas tanto entre seus seguidores como entre seus detratores. [2]
Concluímos com louvor que embora Marx visse o mundo de uma pequena janela no século XIX projetada para posteridade, ao querer mudá-lo, até mesmo de forma apaixonada, argüida e agressiva ás vezes, seu legado foi muito maior que isso: de sua pequena janela viu o dinamismo das convulsões sociais e políticas de seu tempo e de tempos vindouros, desde a derrocada de um capitalismo autodestrutivo em sua análise, a própria ressurreição do sistema capitalista;Em meio uma experiência conturbada na antiga união soviética. Muitos fatos nem mesmo Marx poderia cogitar. sua teoria reflete como um antídoto marxista de seu próprio veneno. Trocando em miúdos foi e é preciso ler Marx para se opor a Marx. Um pensador polêmico contemporâneo e atual.

REFERENCIAS.


COTRIM Gilberto, História do Brasil, Saraiva 2005.
HOBSBAWM, Eric. Marx, Engels e o socialismo pré-marxiano.
MARX, ENGELS, Manifesto do Partido comunista, Martin Claret, São Paulo 2003.
Marx: Política e revolução. WEFFORT. C.Francisco.
AUTOR: SILVA,Neto,Hugo.


[1] P.295 Marx: Política e revolução WEFFORT. C.Francisco.
[2] P.296 Marx: Política e revolução WEFFORT. C.Francisco.

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