terça-feira, 13 de abril de 2010

Quem são os prisioneiros?

Na concepção de Foucaltiana de vigiar e punir, deslocamos esses conceitos para estrutura patológica dos pátios e sirenes de uma escola pública. Professores de um lado, alunos de outro ;eternos rivais numa relação de amor e ódio, dependência e liberdade, abuso e autoridade. Não se pode dizer que é fácil a vida de um educador(isso seria um crime) , muito menos fada-lo ao delito de cometer o mesmo erro a vida inteira, por isso, muitos esperam demais e fazem o melhor que podem. Mas apenas o melhor que podemos ser ou fazer basta? Repensar o professor requer repensar a escola e repensar os métodos e conceitos, repensar o aluno, os devires a subjetividade implícita no processo dialético- sala de aula- professor-aluno e direção, coisa que professores e educadores de um modo geral não estão dispostos a relfetir como se reflete a luz de um contra-cheque amassado. Protestos e greves não vão adiantar, lutar contra a máquina estatal é fácil quando o próprio entrave está radicalmente ligado as ações deliberativas dos profissionais da educação. Transferência de culpa não vem a calhar, numa terra sem lei todos são culpados. Opiniões calcadas em juízo de valor não irão resolver. Sabemos que toda ação política insere-se dentro de seu tempo e espaço. A ação precisa ser repensada, diretrizes são dadas com primor e o jeitinho brasileiro arraigado ao poder da sirene que outrora bate continência aos soldados da educação não para! chama-os ao dever, dever cívico de "salvar a humanidade". Dessa forma, é impossível aprender com os equívocos, repetindo todos os dias os erros do passado. Haja rosquinha e cafezinho mesclado ao achismo pedagógico. Todavia fica uma questão: quem são verdadeiramente os presos? A alegoria de Platão nos faz lembrar desse problema á título de reflexão, Era justamente o prisioneiro de uma caverna escura que ao se libertar dos grilhões da ignorância contemplou o belo ou a realidade, e voltou de forma missionária afim de que seus companheiros de prisão pudessem ver o mundo como audaz era realmente, todavia foi ignorado. Interessante, o papel do educador e do educando pode ser parecido, mas numa sociedade cujos valores justificam a ausência dos mesmos, a individualidade e subjetividade muitas das vezes não é respeitada e sem respeito não há autoridade, sem respeito no máximo pode-se lograr autoritarismo, medo, recalque. Usar os valores e o discurso a favor do vento é simples, mas ser ético na prática é o dever do educador. É um imperativo que todos os homens deveriam buscar como uma ilha perdida, mesmo que nunca pudessemos se-lo totalmente. Degradar-se com o degradante e desistir antes da sirene autoritária tocar. Quem são os prisioneiros alunos, professores, diretores, políticos, sociedade, queremos saber! quem são ?

2 comentários:

  1. Enquanto os salários morrerem de velhos nas filas, e homens banirem as leis ao invés de cumprí-las... Não tem jeito não, não tem jeito, não!

    João Alexandre - Em nome da justiça.

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  2. tenho uma paixão muito intensa por filosofia.

    gostei do teu blog.
    passarei por aqui sempre.

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