sexta-feira, 14 de maio de 2010

Filosofia, Ciência e Senso-Comum.

Filosofia, Ciência e Senso-Comum. (Tópicos de Aula).

Filosofia da Ciência é o campo da pesquisa filosófica que estuda os fundamentos, pressupostos e implicações filosóficas da ciência, incluindo as ciências naturais como física e biologia, e as ciências sociais, como psicologia e economia. Neste sentido, a filosofia da ciência está intimamente relacionada à epistemologia e à ontologia. Busca explicar coisas como:

. A natureza das afirmações e conceitos científicos,

. A forma como são produzidos,

. Como a ciência explica, prediz e, através da tecnologia, domina a natureza,

. Os meios para determinar a validade da informação,

. A formulação e uso do método científico,

. Os tipos de argumentos usados para chegar a conclusões,

. As implicações dos métodos e modelos científicos para a sociedade e para as próprias ciências.

SENSO COMUM, CIÊNCIA E FILOSOFIA.

Quando falamos de senso comum, ciência e filosofia estão falando de vias de acesso para se conhecer o mundo e os seres que nele habitam.

O conhecimento é um caminho de busca

O primeiro tipo de conhecimento foi o mito. A ciência começou como filosofia.

SENSO COMUM ou CONHECIMENTO INGÊNUO.

O conhecimento ingênuo se caracteriza por ser espontâneo, vulgar, senso comum, bom senso, condensado muitas vezes nos ditos populares, nas crenças e crendices que povoam o imaginário do homem quotidiano. (sabedoria popular).

O bom senso ou senso comum é simplesmente o depósito intelectual resultante de experiências fecundas da espécie, do grupo social e do indivíduo.

O senso comum é um saber não-sistematizado, sem planejamento rigoroso, mas com a finalidade indispensável para sua sobrevivência.

O conhecimento ingênuo é ditado pelas circunstâncias, opiniões, emoções e valores de quem produzem.

O bom senso é o ponto de partida para o conhecimento científico.

O senso comum consiste em uma série de crenças tidas por um determinado grupo social, cujos membros acreditam serem compartilhadas por todos os homens.

O que caracteriza basicamente as noções pertencentes ao senso comum não é a sua verdade ou falsidade. É a falsidade de fundamentação sistemática. Isto é, as pessoas não sabem o porquê dessas noções. Trata-se, portanto, de um conhecimento adquirido sem uma base crítica, precisa, coerente e sistemática.

No senso comum, ou seja, no entendimento médio, comum, próprio à maioria das pessoas, os modos de consciência se encontram geralmente emaranhados de tal forma que suas noções se caracterizam por uma aglutinação a - crítica. (Sem crítica).

A - crítica quer dizer que falta o reconhecimento exato da origem dos elementos que compõem essas noções ou conhecimentos.

Em virtude da ausência da razão crítica, o senso comum se torna terreno favorável ao desenvolvimento do fenômeno da ideologia.

Podemos dizer que ideologia não seria apenas um conjunto de idéias que elaboram uma compreensão da realidade, mas um conjunto de idéias que dissimulam essa realidade, porque mostram as coisas de forma apenas parcial ou distorcida em relação ao que realmente são.

FILOSOFIA ou CONHECIMENTO FILOSÓFICO

A filosofia exige rigor de pensamento. A filosofia foi a primeira ciência a existir.

A filosofia não busca soluções nem tem finalidade à apresentação de respostas.

A filosofia se caracteriza por um constante indagar questionar, perguntar, cujas respostas se tornam objeto de novas indagações e questionamentos.

A filosofia é uma busca incessante do sentido último das coisas, um saber universal acerca de questões fundamentais. Têm como finalidade compreender o significado da existência humana em seus diferentes aspectos, bem como as relações entre o homem, Deus e o mundo.

A filosofia é uma postura de indagação e reflexão, para descobrir e compreender a natureza das coisas, a natureza divina e a natureza humana.

O conhecimento filosófico tem como característica ver a totalidade do conhecimento racional desenvolvido pelo homem. Abrangia, portanto, os mais diversos tipos de conhecimento, que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia, física, biologia, lógica, ética e etc.

A CIÊNCIA e o CONHECIMENTO CIENTÍFICO

A ciência surgiu com a intenção de entender e explicar racional e objetivamente o mundo para nele intervir.

A ciência moderna surgiu com Galileu e Descartes no século XVII.

A ciência visa o controle prático da natureza. É um conhecimento sistemático e seguro de um conjunto de fenômenos que ocorrem de maneira regular e uniforme.

O cientista constrói leis e teorias gerais.

O cientista levanta um problema, segue algumas hipóteses. Observa fenômenos semelhantes, classifica-os segundo suas características comuns. Procura verificar a ocorrência de regularidades entre eles. As regularidades, constatadas, são generalizadas e aplicadas a fenômenos semelhantes.

As hipóteses confirmadas transformam-se em leis que depois se tornam teorias científicas.

As teorias científicas são leis agrupadas em sistemas explicativos.

O conhecimento científico se utiliza do método científico. Utiliza-se de procedimentos e meios para obter um fim determinado.

O método científico é um conjunto de normas-padrão que pautam uma pesquisa para que ela seja bem sucedida e seus resultados obtenham a adesão racional da comunidade científica.

Método Científico

1º - Levanta-se o Problema;

2º - Formulam-se Hipóteses, na busca das causalidades do problema. Procura-se a solução do problema, tentado entender a causa, o porquê de um determinado fenômeno.

3º - Verificam-se as Hipóteses, buscando regularidades e confirmações, conforme a teoria levantada;

4º - A partir do que foram constatadas, as hipóteses transformam-se em Evidências. Em seguida as evidências se tornam leis.

A ciência trabalha com o princípio da causalidade. Sempre está em busca das causas e os efeitos produzidos por estas.

Caminhos da Ciência

A origem do saber científico se confunde com as origens da própria filosofia. No entanto, a ciência contemporânea mudou intensamente.

A partir de Galileu, a ciência passou a se guiar por um procedimento mais específico e experimental e, sobretudo, quantitativo. A pergunta pelo Ser, que era presente na filosofia antiga é substituída por uma “matematização” da realidade que vê todas as coisas a partir de equações, teoremas e fórmulas.

A ciência moderna fez uma ruptura com o aspecto contemplativo que predominava na ciência antiga. A ciência moderna é fundamentalmente operativa, isto é, tem interesse no conhecimento para poder operar, intervir na natureza e dominá-la.

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