quinta-feira, 20 de maio de 2010

Educação não é mercadoria?

Educação não é mercadoria? Para valer-me do atual contexto faço uma interrogação ao invés de uma afirmação, diante da morte das ideologias de o niilismo acadêmico na atualidade, podemos levantar a hipótese de que a educação vista como um sistema ou um conglomerado institucional vive um período nevrálgico, não por si mesma, mas pelo próprio contexto sócio-cultural embora esse não seja determinante, já é consenso entre especialistas que numa sociedade que prioriza debater e agir pela educação tem mais chances de tornar-se melhor. Quanto à “democratização” da educação e a problemática dos processos formativos, a questão a ser investigada é a qualidade. Nesse aspecto temos um dualismo na esfera público privado no que diz respeito à institucionalização educacional, e uma inversão do projeto público no ensino superior. Uma vez que a educação básica é freqüentada na esfera privada por uma demanda que ocupará as universidades públicas e a educação pública é freqüentada por parte da sociedade que não chega sequer ao ensino superior, sendo que com raras exceções àqueles que chegam fazem-no por via privada. Portanto voltamos à questão educação não é mercadoria? Até que ponto os interesses públicos e privados coadunam realmente para uma política educacional decente? Poderíamos evocar a LDB para questionar esses espectros de uma política educacional até então confusa: “O acesso ao ensino é um direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão ou grupo de cidadãos, associações comunitárias, organização sindical, entidade de classe e, ainda, o ministério público exigir para exigi-lo. (Artigo 5º - LDB. Lei de diretrizes e bases da educação).” Portanto concluímos com uma interrogação, pois no contexto atual, a necessidade de transformar o objeto em mercadoria pode cegar o objetivo principal da educação enquanto ação transformadora, principalmente em seu contexto abrangente, não entendemos aqui educação entre quatro paredes, mas um processo mais complexo, esse processo demanda uma reflexão maior, inoportuna nesse momento, mas é de interesse do acadêmico abranger tal assunto num projeto de pesquisa e poder debater com diversas fontes, pois, é muito complexo julgar a questão, a despeito de alguns movimentos sociais, sem uma prévia análise, por receio de cairmos no abismo ideológico tanto quanto no lobismo educacional, tão repugnante. REFEÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:DOS SANTOS, Clóvis Roberto,educação escolar brasileira:Guazzelli;ltda,1999.

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