para familiarizar-se; entender e ser entendido por outros em um mundo que não é só seu bairro; sua casa; sua familia, mas no desafio de afirmar-se como ser no mundo.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O Cego.
para familiarizar-se; entender e ser entendido por outros em um mundo que não é só seu bairro; sua casa; sua familia, mas no desafio de afirmar-se como ser no mundo.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
ATITUDE PUNK E FILOSOFIA
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Carater público e privado da moral.

segunda-feira, 19 de julho de 2010
Fé, eleição e farra.
Fé, eleição e farra.
rosto de moço emancipado, bíblia debaixo do braço, acima de qualquer suspeita,seguia ...
Seu nome era Agosto, batizado pelo pai que agosto de Deus lhe era como sentença. Sua igreja... Pouco lhe importava, tinha um objetivo, nunca duvide de um homem de objetivos, era claro e sincero.
Um protestante á moda, iria candidatar á vereador, prefeito, e quem sabe um dia seria presidente da república. Sempre se gabava com os íntimos: com minha astúcia, popularidade e religião sou o homem perfeito.
O salvador da pátria.
Sua malandragem marota de quem tinha cinco filhos e não tinha como se sustentar. Talvez, não corria atrás. Mas no fundo, ás vezes, nem tão fundo assim dizia: ___ Trabalhar? Eu sei não, talvez eu venha á ser prefeito, tenho á igreja ao meu lado, á malandragem também, sou esperto sou simpático, falo bem.
___ Ora, seu Zé, político esperto joga dos dois lados. Dizia Agosto.
___ Cuidado homem, não brinque com Deus, ele é soberano.
___ Pois, homem, até o Pastor está de acordo comigo. Retrucou.
___ Hoje em dia, se agente não for esperto, não se ganha á vida. Ainda por cima, deixa um ateu ou, qualquer sem Deus, querendo meu lugar, fazendo discurso de Ateu, Deus está comigo, tenho certeza. ___ E digo mais, tenho projeto, é coletivo , não é pessoal.
___ homem, homem, essa cidade é pequena, mas nem todo mundo é burro.
tome cuidado homem.
E assim foi, seu Zé , cansado de avisar o amigo.
NA IGREJA
__Irmãos, levanta o Pastor. __Todos sabem que nós, não nos metemos em política. __Esse meio podre, infame, não nos interessa. __ Porém peço a compreensão de todos vocês. __ E correto deixar o poder de nossa cidade, nas mãos dos mesmos que aí estão?
__E correto, corrermos riscos? __Inclusive, o risco, de ver fechada nossa igreja, devido um decreto qualquer. _ ouvindo tais palavras os fieis se contorciam, e, em meias palavras comuns á uma igreja, se ouvia certa hostilidade da boca de certos fieis: __vamos acabar com o mundo! . __eles não sabem do nosso poder, afinal nós temos Deus. __ Eles não, imundos! Vão queimar no inferno (...)
Agosto á convite do pastor, sobe ao púbico, e de lá, manda um recado: __ Amados irmãos, compartilho de vossa dor, lanço minha candidatura á prefeito dessa cidade, com o apoio de toda á igreja. __ Deus está conosco nessa empreitada e não com os infiéis que roubam dinheiro do povo.
ELEIÇÕES:
A tensão logo aflora. Agosto é todo um furor de tensão, urna á urna, os votos são apurados. O candidato oposto é um fiel também, mas para surpresa de todos, inclusive de Agosto é um fiel da igreja ao lado. Seu Zé. Católico. Reza todos os dias. Vai á igreja também. É muito querido tanto quanto Agosto.
Nas previas, na campanha, seu Zé apoiava Agosto. Entrou nas eleições com o propósito de ser o “laranja”, aquele que iria disputar para não ganhar, dando margem aos planos de Agosto e aos votos também.
Mas faltando poucos dias mudou de idéia. Tudo por conta de um figurão amigo do bispo que botou lenha no fogo, esse apoiava agosto e Zé, mas era o dono do instituto de pesquisa da região, como estava tudo muito empatado resolveu investir nos dois. Zé
Foi ferrenho, menos maroto, sem aquele ar de malandragem. Na verdade um ar caipira. Conquistou o eleitorado.
Bateu de frente com Agosto, ganhou, com pouco mais de 50 votos de frente.
A cidade foi uma festa só, ninguém parava. Zé era o novo prefeito.
ACERTO DE CONTAS
Agosto, numa súbita ira, foi Ter com Zé. __ seu crápula , não entendes o que quer dizer “laranja”.
__ entendo Agosto, mas ... – em tom debochado disse: o pessoal tinha medo do que poderia ser sua administração, ao fim, me procuraram, acabei aceitando.
__ Mesmo assim; você me traiu, merece á morte. E tudo de ruim é muito pouco pra você.
__ Somos cristãos, Agosto, calma! .
__ Cristão o raio que o parta, entrei nessa foi pra ganhar.
__ Então lembra-se do que me disse, outro dia, Agosto? - lembra-se? - Então, não lembra! Disse-me: "Hoje em dia, se a gente não for esperto, não se ganha á vida.”
__ Se quiseres levar por esse caminho,camarada, fui eu o mais esperto. Nada pessoal.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
ÉTICA KANTIANA.
Kant tornou-se célebre por haver constituído um sistema epistemológico e um ético. Ele estabeleceu que toda e qualquer filosofia, para ter êxito, deve buscar necessariamente a resposta para 4 perguntas fundamentais. Estas são as seguintes:
1) O que posso saber? (que se dirige ao conhecimento)
2) O que posso fazer? (que diz respeito à moral)
3) O que posso esperar? (que refere-se ao finalismo das coisas e infere a possibilidade da religião)
4) O que é o homem? (que abarca as anteriores, por ser a mais importante de todas as questões).
Para cada uma destas perguntas, Kant escreveu uma obra como resposta argumentada a estas perguntas. Desse modo temos que a Crítica da Razão Pura foi escrita para responder a pergunta 1. A Crítica da Razão Prática se volta para a pergunta 2 e a Crítica da Faculdade Julgar analisa a pergunta 3. A pergunta 4 foi desenvolvida no livro Antropologia a partir de um ponto de vista pragmático.
Em função do tema deste trabalho, a pergunta que nos interessa, nesta perspectiva, é a de número 2. A caracterização sobre o modo correto para uma ação se configura como um desafio, pois, toda ação é sempre acompanhada da liberdade que a condiciona. A preferência pelo termo ‘liberdade’ e não ‘livre-arbítrio’ tem a ver com a tematização filosófica puramente imanente das ações livres, e não com questões teológicas que associam o fazer humano à ideia do destino. O sentido de toda ação livre é individual, embora se cada pessoa fizer apenas o que lhe interessa e atropelar o direito alheio, logo, a convivência ficará insuportável e insustentável.
Kant introduz a idéia de uma perspectiva crítica porque queria saber quais argumentos poderiam ser validados naquele ‘novo’ momento histórico da modernidade (ou seja, na época da razão iluminista – séc. XVII e XVIII – onde se acreditava no poder da razão como guia para solução dos problemas humanos). O problema da filosofia crítica de Kant se constitui de vários problemas articulados, embora comporte uma unidade interna consistente. A filosofia de Kant possui uma dimensão teórica e uma prática, ou seja, uma dimensão epistemológica (indagação sobre os limites do saber humano) e uma ética (uma teoria para a ação humana).
Ao analisarmos a ética de Kant, constatamos que trata-se de uma teoria sobre a ação humana que pretende estabelecer o que é certo de modo universal e a priori. Chamamos a teoria da ação de Kant de metaética, pois, se a ética, tradicionalmente, já possui um sentido mais teórico do que prático, a metaética kantiana busca fundamentar as razões éticas em um sentido apriorista. Nesta linha de abordagem, a ideia da metaética não trata ‘do que é’ e ‘do por que é’, mas sobretudo se refere ao que Deve Ser. Portanto, esta metaética aprofunda mais ainda a noção de ética. A ideia da ética se caracteriza como instância teórica que estabelece uma legislação para a conduta humana. No entanto, isto não é o bastante para Kant, pois, além de reconhecer a existência da regra universal e a priori, para ser ético o indivíduo deve querer, por vontade própria, agir em conformidade com este universal ético. Kant chama esta atitude do sujeito ético de ação autônoma, pois, ainda que seja uma ação determinada por uma regra, trata-se, na verdade, do exercício de liberdade autônoma (escolha racional e consciente). A autonomia trata de uma escolha do sujeito em reconhecer a razão que sustenta o ato correto.
Ao contrário dos medievais, em relação ao campo da filosofia prática, Kant fez com que a ideia do Dever não fosse fundada em Deus, mas na própria Razão. Desse modo, ele estabeleceu a possibilidade do conhecimento a priori teórico no sujeito da ação.
Kant enunciou uma máxima que expressa o sentido de sua filosofia: “Duas coisas me deixam maravilhado”, confessou Kant certa vez: “o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim”. Tanto o céu estrelado quanto a lei moral são regidos por princípios a priori. “O céu estrelado” é o universo físico cuja ordenação é definida por leis a priori, tal como a ciência moderna o entende; ‘a lei moral dentro de mim’, significa que a regra universal sobre o que é certo é também a priori em relação às situações particulares da vida individual. Assim, a lei para a moral não estaria “fora”, mas “dentro de mim”, pois, não é externa ou imposta pelas convenções sociais, mas é uma noção que pode ser entendida como reconhecimento racional do que é certo; Esta lei moral, base da ética kantiana, é o fundamento do caráter. A lei moral não é uma Lei Natural com certos e errados objetivos, mas uma lei em função da humanidade à qual escolhemos vincular-nos. (Mas será que estamos realmente vinculados quando só nos vinculamos ou nos comprometemos apenas conosco?). A Moral seria, portanto, apenas uma questão de intenção subjetiva, não teria qualquer conteúdo com exceção da Regra de Ouro à qual deve estar submetida (o chamado “imperativo categórico” de Kant). A Regra de Ouro da ética pode ser formulada do seguinte modo: “Não faças aos outros o que não quiseres que aconteça a ti”.
Ao propor um modelo ético, Kant pretendeu submeter a vontade humana à regra de conduta universal. Mas isto não significa que esta submissão da vontade é imposta de modo arbitrário. O próprio sujeito que age corretamente, segundo Kant, identifica a necessidade de agir conforme as regras como modo de orientação. A pergunta ‘o que (e por que) devo fazer?’ assume, na perspectiva kantiana, um modo espontâneo de respeito às regras. As regras delimitam o campo da ação. A ideia da regra ética é garantir o respeito como característica fundamental para as relações humanas. Assim sendo, ao sentir-se propenso a um tipo de ação, o indivíduo deve escolher de acordo com um autêntico reconhecimento da razão certa em relação a uma situação e qual o comportamento adequado para sua própria conduta. O indivíduo não deve agir por medo de se prejudicar ou por querer levar vantagem sobre o próximo. Kant consideraria como alguém imoral quem age em função dos próprios fins, pois, trata-se de um modo de agressão contra o semelhante, e que só serviria para despertar o que há de pior nas relações humanas, que é exatamente a tendência para auto-destruição, combinada à ideia cética de descrença no próximo. A ideia é que não é possível haver desenvolvimento de nenhum aspecto positivo no gênero humano, quando as relações sociais estão contaminadas pela falta de crença no semelhante. Para sermos éticos, portanto, devemos ser, antes de tudo, racionais, pois, o que tem a ver com a ética se relaciona com o entendimento do sentido de uma regra universal como a Regra de Ouro. Não apenas o entendimento teórico, mas a prática desta conduta enunciada na Regra de Ouro. Segundo Kant, para ser ético torna-se imprescindível ser racional em conformidade com uma escolha racional, e ação racional. Isto significa que ser ético envolve ter de assumir conseqüências de um ato. A falta de ética seria usar o fingimento como estratégia para não se comprometer com as conseqüências daquilo que se faz. Isto é totalmente errado e inaceitável na ética kantiana. O motivo principal para o argumento em prol do Dever é a ação responsável (aquela que se compromete com as conseqüências) não apenas em relação a si mesmo, mas sobretudo, a que se responsabiliza com os outros.
Lei fundamental da razão pura prática
I
Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal.
II
A autonomia da vontade é o único princípio de todas as leis morais e dos deveres a elas conformes; pelo contrário toda heteronomia do livre arbítrio não só não funda nenhuma obrigação, mas opõe ao princípio da mesma e à moralidade da vontade. Com efeito na independência a respeito de toda a matéria de lei (…) e, ao mesmo tempo, na determinação do livre arbítrio pela simples forma legisladora universal, de que uma máxima deve ser capaz, é que consiste o princípio único da moralidade. Mas essa independência é a liberdade em sentido negativo, e esta legislação própria da razão pura e, como tal, prática é a liberdade em sentido positivo. Por conseguinte, a lei nada mais exprime do que a autonomia da razão pura prática, isto é da liberdade e esta é mesmo a condição formal de todas as máximas, sob a qual unicamente ainda podem harmonizar-se com a lei prática suprema.
Bibliografia
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática, 1994 (págs. 42).
*André Vinícius Dias Senra é professor de Filosofia da rede estadual de ensino, da The British School – RJ, e da Pós-Graduação em Filosofia Medieval da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro e doutorando em Epistemologia pela UFRJ.
KANT E SEU CRIADO.
terça-feira, 29 de junho de 2010
A queda das máscaras sociais.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Conhecimento. Aula sobre conhecimento.
Conhecimento. Aula sobre conhecimento.
Relação (sujeito) – (objeto)
A Partir do século XV a concepção de mundo e de homem muda radicalmente não apenas no campo social, mas também no âmbito da ciência e do conhecimento uma matéria em que os filósofos chamam especificamente de (gnosiologia) – ou estudo do conhecimento.
A partir dessa assertiva podemos concluir que o grande questionamento que da modernidade em termos filosóficos seria: O que podemos conhecer?Esse questionamento gera um ceticismo em torno da tradição que ensinara o homem a pensar sobre determinados termos, a idade média ensinara o homem uma concepção de mundo que já não teria valor diante da descoberta dos astros e em suma o fato de que a terra gira em torno do sol e não ao contrário como pensava os medievais.
Diante disso há uma crise em termos de filosofia e conhecimento é preciso erigir uma reforma do pensamento universal que se encontra no sujeito e reformular o mundo e as leis que regem este mundo.
Relação sujeito e objeto: O objeto em que referimos em termos didáticos é a possível observação do sujeito sobre a matéria: ex: Astros (no caso da astronomia) – bactérias e fungos (no caso da química e biologia) - Sociedade- (no caso da sociologia)
O sujeito apreende o objeto através de um sentido interno que lhe possibilita essa relação, esse sentido interno pode ser chamado em termos didáticos de razão.
O papel da filosofia é investigar a razão e suas possibilidades de conhecimento.
Por isso, filosofia não é ciência, mas sim, a possibilidade e o muro de arrimo de toda em qualquer ciência.
Nessa perspectiva o conhecimento transcende a ciência é o ponto de partida para toda e qualquer ciência. É preciso conhecer os limites do conhecimento para se fazer ciência.
EX: o motorista ao balizar seu carro utiliza a coordenação motora e a noção de tempo e espaço comum em todo ser humano. (A universalidade da razão nos permite compreender o problema do conhecimento).
sábado, 29 de maio de 2010
Deleuze e o conceito

Em seu livro “O que é a filosofia”, Deleuze deixa claro a importância do conceito, pois “o filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência”. Não que a filosofia seja uma fábrica de conceitos, mais que isso, o conceito é um ato de criação, e cada um assina “embaixo”, deixa registrado sua marca, através dos conceitos que cria.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
AULA ( APOSTILA DE SOCIOLOGIA) - EJA- Raulino Cotta Pacheco.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Educação não é mercadoria?
Guilherme de Ockham. (1220-1394).

STO. AGOSTINHO.
(P.379 (REALE Giovanni/ ANTISERI Dario). P.389 (REALE Giovanni/ ANTISERI Dario). P.406 (REALE Giovanni/ ANTISERI Dario).
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Filosofia, Ciência e Senso-Comum.
Filosofia, Ciência e Senso-Comum. (Tópicos de Aula).
Filosofia da Ciência é o campo da pesquisa filosófica que estuda os fundamentos, pressupostos e implicações filosóficas da ciência, incluindo as ciências naturais como física e biologia, e as ciências sociais, como psicologia e economia. Neste sentido, a filosofia da ciência está intimamente relacionada à epistemologia e à ontologia. Busca explicar coisas como:
. A natureza das afirmações e conceitos científicos,
. A forma como são produzidos,
. Como a ciência explica, prediz e, através da tecnologia, domina a natureza,
. Os meios para determinar a validade da informação,
. A formulação e uso do método científico,
. Os tipos de argumentos usados para chegar a conclusões,
. As implicações dos métodos e modelos científicos para a sociedade e para as próprias ciências.
SENSO COMUM, CIÊNCIA E FILOSOFIA.
Quando falamos de senso comum, ciência e filosofia estão falando de vias de acesso para se conhecer o mundo e os seres que nele habitam.
O conhecimento é um caminho de busca
O primeiro tipo de conhecimento foi o mito. A ciência começou como filosofia.
SENSO COMUM ou CONHECIMENTO INGÊNUO.
O conhecimento ingênuo se caracteriza por ser espontâneo, vulgar, senso comum, bom senso, condensado muitas vezes nos ditos populares, nas crenças e crendices que povoam o imaginário do homem quotidiano. (sabedoria popular).
O bom senso ou senso comum é simplesmente o depósito intelectual resultante de experiências fecundas da espécie, do grupo social e do indivíduo.
O senso comum é um saber não-sistematizado, sem planejamento rigoroso, mas com a finalidade indispensável para sua sobrevivência.
O conhecimento ingênuo é ditado pelas circunstâncias, opiniões, emoções e valores de quem produzem.
O bom senso é o ponto de partida para o conhecimento científico.
O senso comum consiste em uma série de crenças tidas por um determinado grupo social, cujos membros acreditam serem compartilhadas por todos os homens.
O que caracteriza basicamente as noções pertencentes ao senso comum não é a sua verdade ou falsidade. É a falsidade de fundamentação sistemática. Isto é, as pessoas não sabem o porquê dessas noções. Trata-se, portanto, de um conhecimento adquirido sem uma base crítica, precisa, coerente e sistemática.
No senso comum, ou seja, no entendimento médio, comum, próprio à maioria das pessoas, os modos de consciência se encontram geralmente emaranhados de tal forma que suas noções se caracterizam por uma aglutinação a - crítica. (Sem crítica).
A - crítica quer dizer que falta o reconhecimento exato da origem dos elementos que compõem essas noções ou conhecimentos.
Em virtude da ausência da razão crítica, o senso comum se torna terreno favorável ao desenvolvimento do fenômeno da ideologia.
Podemos dizer que ideologia não seria apenas um conjunto de idéias que elaboram uma compreensão da realidade, mas um conjunto de idéias que dissimulam essa realidade, porque mostram as coisas de forma apenas parcial ou distorcida em relação ao que realmente são.
FILOSOFIA ou CONHECIMENTO FILOSÓFICO
A filosofia exige rigor de pensamento. A filosofia foi a primeira ciência a existir.
A filosofia não busca soluções nem tem finalidade à apresentação de respostas.
A filosofia se caracteriza por um constante indagar questionar, perguntar, cujas respostas se tornam objeto de novas indagações e questionamentos.
A filosofia é uma busca incessante do sentido último das coisas, um saber universal acerca de questões fundamentais. Têm como finalidade compreender o significado da existência humana em seus diferentes aspectos, bem como as relações entre o homem, Deus e o mundo.
A filosofia é uma postura de indagação e reflexão, para descobrir e compreender a natureza das coisas, a natureza divina e a natureza humana.
O conhecimento filosófico tem como característica ver a totalidade do conhecimento racional desenvolvido pelo homem. Abrangia, portanto, os mais diversos tipos de conhecimento, que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia, física, biologia, lógica, ética e etc.
A CIÊNCIA e o CONHECIMENTO CIENTÍFICO
A ciência surgiu com a intenção de entender e explicar racional e objetivamente o mundo para nele intervir.
A ciência moderna surgiu com Galileu e Descartes no século XVII.
A ciência visa o controle prático da natureza. É um conhecimento sistemático e seguro de um conjunto de fenômenos que ocorrem de maneira regular e uniforme.
O cientista constrói leis e teorias gerais.
O cientista levanta um problema, segue algumas hipóteses. Observa fenômenos semelhantes, classifica-os segundo suas características comuns. Procura verificar a ocorrência de regularidades entre eles. As regularidades, constatadas, são generalizadas e aplicadas a fenômenos semelhantes.
As hipóteses confirmadas transformam-se em leis que depois se tornam teorias científicas.
As teorias científicas são leis agrupadas em sistemas explicativos.
O conhecimento científico se utiliza do método científico. Utiliza-se de procedimentos e meios para obter um fim determinado.
O método científico é um conjunto de normas-padrão que pautam uma pesquisa para que ela seja bem sucedida e seus resultados obtenham a adesão racional da comunidade científica.
Método Científico
1º - Levanta-se o Problema;
2º - Formulam-se Hipóteses, na busca das causalidades do problema. Procura-se a solução do problema, tentado entender a causa, o porquê de um determinado fenômeno.
3º - Verificam-se as Hipóteses, buscando regularidades e confirmações, conforme a teoria levantada;
4º - A partir do que foram constatadas, as hipóteses transformam-se
A ciência trabalha com o princípio da causalidade. Sempre está em busca das causas e os efeitos produzidos por estas.
Caminhos da Ciência
A origem do saber científico se confunde com as origens da própria filosofia. No entanto, a ciência contemporânea mudou intensamente.
A partir de Galileu, a ciência passou a se guiar por um procedimento mais específico e experimental e, sobretudo, quantitativo. A pergunta pelo Ser, que era presente na filosofia antiga é substituída por uma “matematização” da realidade que vê todas as coisas a partir de equações, teoremas e fórmulas.
A ciência moderna fez uma ruptura com o aspecto contemplativo que predominava na ciência antiga. A ciência moderna é fundamentalmente operativa, isto é, tem interesse no conhecimento para poder operar, intervir na natureza e dominá-la.

